terça-feira, junho 10, 2008

Sonho de uma noite de verão (ou quase)

 

sugaste-me as palavras,

o coração e a alma...

sinto-me despida, descoberta, rendida

...sem fôlego, sem comida

és a receita da vida, bem vivida

teus olhos são a entrada cristalina do paraíso,

tua boca o inferno perdido,

teu corpo ilumina a mais terrível escuridão,

és rosa, és amor, és paixão...

quem por ti passa, não fica indiferente,

quem a ti olha, jamais esquece,

quem a ti ama, ama eternamente...

quarta-feira, junho 04, 2008

Just a few...

 

Poucos têm o privilégio de tocar o céu com a ponta dos dedos.

Poucos conseguem sentir o gosto das nuvens.

Poucos conhecem o verdadeiro paraíso.

Eu posso, eu toco, eu sinto, eu conheço!

domingo, junho 01, 2008

Carne e saliva

 

 

 

 

 

 

 

Preciso afastar-me para me ver melhor.

Preciso de um espelho menos real.

Preciso daquele beijo fenomenal.

Preciso sentir o cheiro do bem e do mal.

Quero estar aqui, sem estar.

Desaparecer para poder mergulhar.

Viajar para em teus braços me encontrar.

Tocar tua carne, tua língua, teu sexo, tua alma.

Entregar-me até desfalecer.

És meu alimento, sou tua, nua e sempre.

Leva-me daqui, mostra-me o sentido da vida, diz que sou o teu amor.

quarta-feira, maio 28, 2008

Segredo

 

fechadura

Como é possível defender sem esconder?

Ser fortaleza sem enfraquecer?

Ser a luz sem fazer sombra?

Estou aqui a olhar por ti, mas não faça do meu abraço o teu esconderijo.

Estou aqui por ti, mas não julgues que meu amor seja suficiente.

Que as feridas continuem expostas para que o sol de um novo dia penetre e cure tua alma.

quinta-feira, maio 22, 2008

quarta-feira, maio 14, 2008

Micro-reflexão de uma 4ªf de chuva!

Vai chegar o momento em que os dedos haverão de ter uma opinião. Chegará o dia em que o quê vejo perderá sentido e as palavras passarão a se rebelar contra o branco sistema opressor que as esconde. Irá chegar... quando? Bem, por enquanto, canto!

terça-feira, maio 06, 2008

Sou o que ela foi, ou quase

As profecias são sempre as mesmas. Tudo é muito previsível. Eu, Roberta; ela, Maíra. Os mesmo discursos e medos, os mesmos casos idealizados, o mesmo ciúmes. Os medos femininos não mudam, e não sei se é legítimo atribuir ao sexto sentido. Meu maior medo é receber confirmação do que demais perverso sinto. Vou sofrer, já sofro. Mas desta vez não vou deixar de viver. Não vou fazer um balanço de tudo isso. Amo. Até quando? Não importa, se eu pensar, acaba. Por isso, o importante é saber que nada é para sempre e não congelar frente aos sentimentos mais fortes. Comprei o bilhete, agora é só gozar a montanha-russa. Claro que acaba, mas e daí? Vamos na mesma, não? Concentro-me em uma coisa de cada vez, sem ter que abrir mão, por agora, do que me enche o coração. Assim como ele vive, eu também sinto. Se eu ficar mais exposta, bem, se tiver que cair e levantar, mas vale que me desfaça inteira para renascer melhor e mais forte. Se for para voar, que seja sem peso, sem rancores, sem medos. Estou nua para ambas. Com dúvidas, com amor, com desespero, com clareza... sempre dentro das minhas contradições. Agora eu compreendo, Roberta.