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sexta-feira, agosto 17, 2007

te/me


sei lì dove non ti guardo
sei nel profondo dell’anima
un cuore che batte pieno di me
ed io che mi lascio piena di te
negli accordi
nella sveglia
nel mattino buio o di sera
nell'arrivo
o partenza
quella che sono, in parte, in mensa
a te sazio, a te sasso
nuda di pelle, nuda di vuoti
nuda per te, in me
e così piena di se
lei addormentata
fai piano o scappa
ama questa che non pensa
questa che è immensa
piena di te, in me

pares

estou
não sou

vivo
não privo

faço
não relaxo

choro
não ignoro

sofro
não pouco

amo
e basta!

domingo, julho 22, 2007

cores

era cinza quem vi chorar
vulto de alma sozinha
de um coração a parar
das desilusões que mantinha

acorda homem em neblina
que envolve e desatina
levanta e olha para cima
para a vida que existe ainda

busca no verde dos meus
o que em nuvens desapareceu
vê o que em mim nasceu
para doar colorido aos teus

quinta-feira, julho 19, 2007

Gosto de escrever

gosto de escrever assim
desenhando pedaços de mim
sem olhar para o fim
sem perguntar porque vim

gosto de escrever porém
para entender além
para encontrar alguém
para desabafar também

gosto de escrever da vida
de chegada e de partida
de quando arrependida
e não vejo saída

gosto de escrever solta
sem grades e sem roupa
quase como uma louca
a procura de outra

terça-feira, julho 10, 2007

[des]encontros

você grita, eu não escuto
eu canto, você mudo

você chega, eu parto
eu no banheiro, você no quarto

você sorri, eu choro
eu pinto aquarela, você, óleo

você fantasia, eu solidão
eu como arroz, você macarrão

você diz futuro
eu vejo escuro
você diz paciência
eu, demência
você quer balanço
eu, descanso
você finge não ver
eu prefiro esquecer
você medita
eu aflita

do que você pensou
do que em mim ficou
do que você não quer ver
do que em mim morrer
do que de nós partiu
do que de nós sumiu
do que de nós,

infinitamente,

um dia

existiu.

quinta-feira, junho 28, 2007

agora é tempo de renovar

o dia amanheceu comigo
junto, cinza, arrependido

as palavras foram poucas
os sorrisos foram ternos
as lágrimas mais serenas
a despedida pequena

foi uma noite intrigante
de luz inebriante

com pálpebras pingadas
cobertor e almofada
a cabeça mais parada

e no coração?
carinho
amor
amizade
admiração

partimos um dia
para portos de maresia

onde a certeza é a partida
onde a esperança traz alegria
e onde a vida que eu via
hoje, viveria

terça-feira, junho 26, 2007

a morte é lenta
o leito não aguenta
arrasa, engole, espaventa

é de hemorragia che morro
dos cortes que tenho no rosto
transbordo este sangue salgado
transparente e quente

como faço para fechar estas feridas?
para dormir sem fadiga
para recuperar a medida
da vida

segunda-feira, junho 25, 2007

Qual nome hei de dar ao aperto que me faz chorar?
Saudade?
Vazio?
Solidão?
Tristeza?
Ou simplesmente vontade de transbordar por ser muito pequena?

Menor de mim, em mim, o peito aperta.
E espreme isso, estas lágrimas emancipadas.
Adotadas.
Estas lágrimas ultrapassadas.

Cresço, olho pra frente.
Caio, olho pro lado.

E os olhos que antes velavam, hoje, velejam.
E as lágrimas antes guardadas, hoje, revelam...
... o que em mim ficou
o que em mim passou
o que em mim morreu.

E neste peito apertado,
sinto-me sumir, partir, perder
sem entender
que às vezes
é melhor esquecer.

sábado, junho 09, 2007

Nesta noite é assim

Fora: toca a Aura.
Dentro: toca o vento.
No mundo: toca o bumbo.
Na mente: insônia latente.
Nos olhos: visão presente.
No corpo: tudo dormente.
Aqui, por um fio, por dezenas de teclas, viajo sozinha, penso no tempo que multiplica-se em madrugadas iluminadas. Penso na cama vazia, na cabeça cheia, no coração acelerado, na espera angustiada.
Olho para o passado em pixel, frantumado, acabado, tal vezes não resolvido. Para mim, para as minhas expectativas alpinas. Alcançar além das vistas, chegar onde nada existe ainda.
E corro atrás da meta brincalhona. Vamos neste esconde-esconde arrepiante e cheio de lacerações na alma. Feridas de experiência. Dores de ausência de afeto, de ausência de sono, de ausência de calor na cama, de chama que teima em não apagar, noites cheias de lágrimas, de dúvidas, de escuro.
Noites de amanhacer acompanhado, de sol que nasce velho.

quarta-feira, maio 30, 2007

100 noção

Hoje acordei com as pálpebras pesadas. E o relógio insistia em trazer-me em vida. Vibrava, gritava, e eu indiferente. Houve um momento em que ele arriscou a vida, mas depois, apertada pelo quotidiano, acabei perdoando e levantando. O dia começou assim. Dando vida ao relógio, a vida que em mim pouco sinto. As horas, dias e semanas passam e eu não dou por mim. O tempo tem sido tão curto. A vida tem sido tão pouca. O sono tão fraco. A comida tão abundante. A noção do que fazer com tudo isso tão absurda. E é só o começo!
Boa quarta-feira!

A dor que sinto

A dor que sinto não cala,
é larga, é alta, é rasgada.

A dor que sinto não cheira,
apodrece, arrasa, sem beira.

A dor que sinto não ouve,
aborrece, estremece, magoa.

A dor que sinto é tua,
é arroz, feijão, carne crua.

A dor que sinto já foi,
zarpou, errou, apagou.

segunda-feira, maio 14, 2007

Ser amada...

Ontem foi noite molhada onde a brisa passava deixando rastros em mim. Eletronicamente pulsava e sentia calada as lágrimas escorrerem sem fim. E foi no beijo da tua ausência e na carícia do teu não estar, que adormeci de mansinho pensando em todo o carinho que de longe tentas me dar. Em sonhos assim de verdade, é que sinto a imensa saudade, dos dias que ao teu lado podia escutar-te calado. Através de olhares companheiros, de sorrisos verdadeiros e da certeza que de traiçoeiro, só mesmo a brisa sem fim, que nas noites molhadas traz lágrimas assim.

sexta-feira, outubro 27, 2006

Algemas

Uma poesia
Os grãos de areia
Testemunho do tempo
Remoto passado

O que foi não volta
Olhar pra frente
Depois de viver
Olhando pra trás

Agora procuro saída
Cai a máscara
Respiro sem auxílio
Caminho sem correntes

14/03/2006

quarta-feira, outubro 25, 2006

Quero parar o tempo!

Como quem pára uma ampulheta.
Quero ser dona do meu próprio tempo.
Os minutos me engolem.
Em ciberespaços, em vida paralela.
A matrix é aqui no meu quarto, no meu computador.
Eu pertenço ao Google.
Grupos, mails, comunidades, amigos, vida por um fio.
Por milhoes de fios, fibras, satélites.
Eu nao tenho mais nada.
Mas tenho 3 relógios de pulso, que me acusam.
Um relógio no celular, que me acusa.
Um relógio no computador, que me acusa.
Um relógio na biblioteca, que me acusa.
Desculpa, voce nao tem mais tempo.
A internet sugou, os sites evaporaram a tua existencia.
Eu sou virtual, digital, eterna.
Meu castelo é protegido por milhoes de megabits por segundo.
Eu sou Rapunzel, careca, cercada em uma torre de alta velocidade.
Minhas relaçoes sao digitais.
Meu bate-papo nao é no bar.
Eu vivo de chat, de chatos.
Meu carteiro, meu messenger.
Meu nome é presente, sem futuro, sem passado.
Eu sou agora e nao sou mais.
Por que agora ja passou.
Eu sou passado, aquilo que corre.
Eu fui. Nao sou. Nem serei?
Bit! Bit! Eu brindo o fim da minha existencia real.
"O seu comentario é muito importante, deixe seu post após o ponto, obrigada."
Ponto

quinta-feira, outubro 19, 2006

Pagine

Nella biblioteca della vita
mi perdo tra gli scaffali
nella ricerca di me stessa.


26/04/2006

terça-feira, outubro 17, 2006

E quando a vida nos da' uma rasteira?
E quando a luz no fim do tunel é um trem e te atropela?
E quando o cha' queima a lingua e nao nos deixa sentir o gosto do bolo de chocolate?
E quando temos tudo o que os outros querem e nao temos aquilo que queremos?
E quando o no' na garganta é tao real que a voz falha?
E quando fazemos perguntas que sabemos nao existem respostas obvias ou faceis?
Por que as fazemos?
Alias, por que fazemos tantas perguntas?
E por que buscamos a felicidade sem saber exatamente o que ela significa?
E o amor?
E o sucesso?
Por que defendemos duramente a nossa vaga no estacionamente e com muito menos intensidade as nossas idéias?
E por que raios escolhemos exatamente o que nao tem mais no menu?
O sapato mais caro?
O relacionamento mais impossivel?
Este é um post sem respostas.

segunda-feira, outubro 16, 2006

Vazio

Sentada aqui
Vazia de chegada
Ninguém na espera
Nenhuma parada

Luzes ao longe
Como olhos cintilantes
Trazem o comboio
Ponteiros angustiantes

O olhar cresce, ofusca
Meu bater cala
Fragmentar ensurdecedor
Da ausênsia que desembarca

11/05/2006