a um passo de casa no peito
com o pé salgado, desfeito
molhava meu pensamento
com a areia, com a maresia, com o vento
eu estava tão perto
minha mente tão longe
no passado via fonte
do horizonte distante
que escondia teu rosto
buscava o vulto de antes
meus fantasmas ondulantes
tento distância
mas é na ignorância
que o peito adormece
que as palavras calam
que os olhos molham
é na angústia da certeza
daquela certeza gritada
aclamada, desejada, professada
daquela abandonada em noites de pouco vento
é ela que ora me agarra, que ora me deixa
onde vou levando minha horas
nesta gangorra sem normas
na vida granulada
no salgado da boca
da pele que gruda
do sol que esfria
da maré que arrepia
da casa vazia
Reflexões de uma jornalista em upgrade perdida em terras romano-portuguesas (e bacalhoeiras!)
segunda-feira, julho 16, 2007
terça-feira, julho 10, 2007
[des]encontros
você grita, eu não escuto
eu canto, você mudo
você chega, eu parto
eu no banheiro, você no quarto
você sorri, eu choro
eu pinto aquarela, você, óleo
você fantasia, eu solidão
eu como arroz, você macarrão
você diz futuro
eu vejo escuro
você diz paciência
eu, demência
você quer balanço
eu, descanso
você finge não ver
eu prefiro esquecer
você medita
eu aflita
do que você pensou
do que em mim ficou
do que você não quer ver
do que em mim morrer
do que de nós partiu
do que de nós sumiu
do que de nós,
infinitamente,
um dia
existiu.
eu canto, você mudo
você chega, eu parto
eu no banheiro, você no quarto
você sorri, eu choro
eu pinto aquarela, você, óleo
você fantasia, eu solidão
eu como arroz, você macarrão
você diz futuro
eu vejo escuro
você diz paciência
eu, demência
você quer balanço
eu, descanso
você finge não ver
eu prefiro esquecer
você medita
eu aflita
do que você pensou
do que em mim ficou
do que você não quer ver
do que em mim morrer
do que de nós partiu
do que de nós sumiu
do que de nós,
infinitamente,
um dia
existiu.
sábado, junho 30, 2007
Working...
... pessoal, vou ficar ausente por um período.
mas não me abandonem, ao invés de deixar post mandem mail.
adoro receber o vosso carinho e lembrança.
os trabalhos acadêmicos vão me absorver e de alguma coisa tenho que abrir mão.
beijo enorme :)
quinta-feira, junho 28, 2007
agora é tempo de renovar
o dia amanheceu comigo
junto, cinza, arrependido
as palavras foram poucas
os sorrisos foram ternos
as lágrimas mais serenas
a despedida pequena
foi uma noite intrigante
de luz inebriante
com pálpebras pingadas
cobertor e almofada
a cabeça mais parada
e no coração?
carinho
amor
amizade
admiração
partimos um dia
para portos de maresia
onde a certeza é a partida
onde a esperança traz alegria
e onde a vida que eu via
hoje, viveria
junto, cinza, arrependido
as palavras foram poucas
os sorrisos foram ternos
as lágrimas mais serenas
a despedida pequena
foi uma noite intrigante
de luz inebriante
com pálpebras pingadas
cobertor e almofada
a cabeça mais parada
e no coração?
carinho
amor
amizade
admiração
partimos um dia
para portos de maresia
onde a certeza é a partida
onde a esperança traz alegria
e onde a vida que eu via
hoje, viveria
quarta-feira, junho 27, 2007
terça-feira, junho 26, 2007
segunda-feira, junho 25, 2007
Qual nome hei de dar ao aperto que me faz chorar?
Saudade?
Vazio?
Solidão?
Tristeza?
Ou simplesmente vontade de transbordar por ser muito pequena?
Menor de mim, em mim, o peito aperta.
E espreme isso, estas lágrimas emancipadas.
Adotadas.
Estas lágrimas ultrapassadas.
Cresço, olho pra frente.
Caio, olho pro lado.
E os olhos que antes velavam, hoje, velejam.
E as lágrimas antes guardadas, hoje, revelam...
... o que em mim ficou
o que em mim passou
o que em mim morreu.
E neste peito apertado,
sinto-me sumir, partir, perder
sem entender
que às vezes
é melhor esquecer.
Saudade?
Vazio?
Solidão?
Tristeza?
Ou simplesmente vontade de transbordar por ser muito pequena?
Menor de mim, em mim, o peito aperta.
E espreme isso, estas lágrimas emancipadas.
Adotadas.
Estas lágrimas ultrapassadas.
Cresço, olho pra frente.
Caio, olho pro lado.
E os olhos que antes velavam, hoje, velejam.
E as lágrimas antes guardadas, hoje, revelam...
... o que em mim ficou
o que em mim passou
o que em mim morreu.
E neste peito apertado,
sinto-me sumir, partir, perder
sem entender
que às vezes
é melhor esquecer.
sexta-feira, junho 22, 2007
Confesso
...tenho fugido.
não posso negar.
vou dormir, vou ver tv, vou comer.
tenho fugido sim.
de mim, dos compromissos, dos prazos, dos amigos, do blog!
mas acho também que é preciso dar tempo ao tempo.
talvez estes dias eu não consiga mesmo.
talvez a cabeça esteja cheia de outras coisas.
a verdade é que quanto mais o tempo passa, só aumenta a preocupação.
o que estou fazendo? para quê? para quem?
mais uma coisa empurrada com a barriga?
sei lá.
vamos andando até ali a frente para ver onde chega.
depois falo mais alguma coisa.
desta vez... algo que preste!
não posso negar.
vou dormir, vou ver tv, vou comer.
tenho fugido sim.
de mim, dos compromissos, dos prazos, dos amigos, do blog!
mas acho também que é preciso dar tempo ao tempo.
talvez estes dias eu não consiga mesmo.
talvez a cabeça esteja cheia de outras coisas.
a verdade é que quanto mais o tempo passa, só aumenta a preocupação.
o que estou fazendo? para quê? para quem?
mais uma coisa empurrada com a barriga?
sei lá.
vamos andando até ali a frente para ver onde chega.
depois falo mais alguma coisa.
desta vez... algo que preste!
quinta-feira, junho 14, 2007
terça-feira, junho 12, 2007
domingo, junho 10, 2007
Bem vindos ao novo (velho) Notícia Portugal
Uma era mais clean, cortando os excessos... limpando a casa!
Beijos e continuem comigo!
Beijos e continuem comigo!
sábado, junho 09, 2007
Nesta noite é assim
Fora: toca a Aura.
Dentro: toca o vento.
No mundo: toca o bumbo.
Na mente: insônia latente.
Nos olhos: visão presente.
No corpo: tudo dormente.
Aqui, por um fio, por dezenas de teclas, viajo sozinha, penso no tempo que multiplica-se em madrugadas iluminadas. Penso na cama vazia, na cabeça cheia, no coração acelerado, na espera angustiada.
Olho para o passado em pixel, frantumado, acabado, tal vezes não resolvido. Para mim, para as minhas expectativas alpinas. Alcançar além das vistas, chegar onde nada existe ainda.
E corro atrás da meta brincalhona. Vamos neste esconde-esconde arrepiante e cheio de lacerações na alma. Feridas de experiência. Dores de ausência de afeto, de ausência de sono, de ausência de calor na cama, de chama que teima em não apagar, noites cheias de lágrimas, de dúvidas, de escuro.
Noites de amanhacer acompanhado, de sol que nasce velho.
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