terça-feira, junho 14, 2011

Quente


Hoje sinto vazio,
calafrio,
arrepio,
Sinto como se estivesse perder o desafio

A solidão que às vezes me sussura ao ouvido
Que me abraça em noites de domingo
Insiste em me derrubar
Em me assustar

Mas então o que eu digo?
Vou ou fico?
Mas e o que sinto?

São sempre as mesmas perguntas
A mesma vontade de chorar
Mesmo quando as peças estão todas juntas
Porque minha mente não consegue parar?

Este meu coração anda mesmo doente
Esta minha cabeça anda mesmo dormente
Este meu corpo anda mesmo carente
Esta minha alma...ausente? presente? latente?

Onde está você?
Quando foste embora?
Irás voltar?

quarta-feira, março 23, 2011

Dia Mundial da Poesia

Tua simplicidade confunde-me
Tento vive-la, percebe-la
Inútil

Dentro de mim sobem paredes de espinhos, de agulhas
Rasgam-me as certezas
Queimam-me a alma
Fico perdida, desesperada
E tu?
Não entendes, te rebelas, choras
Sinto-me impotente, sem asas,
sem esperança, sem alvorada

Tudo o que digo sai envenenado
Mesmo que as palavras queiram ser ensolaradas
Tudo sai escuro
Sem querer abraços
Só em pedaços
Sozinha, choro
Nada me consola