Fora: toca a Aura.
Dentro: toca o vento.
No mundo: toca o bumbo.
Na mente: insônia latente.
Nos olhos: visão presente.
No corpo: tudo dormente.
Aqui, por um fio, por dezenas de teclas, viajo sozinha, penso no tempo que multiplica-se em madrugadas iluminadas. Penso na cama vazia, na cabeça cheia, no coração acelerado, na espera angustiada.
Olho para o passado em pixel, frantumado, acabado, tal vezes não resolvido. Para mim, para as minhas expectativas alpinas. Alcançar além das vistas, chegar onde nada existe ainda.
E corro atrás da meta brincalhona. Vamos neste esconde-esconde arrepiante e cheio de lacerações na alma. Feridas de experiência. Dores de ausência de afeto, de ausência de sono, de ausência de calor na cama, de chama que teima em não apagar, noites cheias de lágrimas, de dúvidas, de escuro.
Noites de amanhacer acompanhado, de sol que nasce velho.