o que não tenho, aumento
o que já tive, lamento
Reflexões de uma jornalista em upgrade perdida em terras romano-portuguesas (e bacalhoeiras!)
Me escondo atrás delas
E consigo dizer o que minto
Com elas acho um recinto
Sem cobranças, sem atrito
E vou deitando máscaras
Em cada linha que sinto
Vivendo das migalhas
Dentro de um labirinto
Busco nelas saída
Arrependida e perdida
Nelas tenho alívio
Sou livre, admito
Mas a obra não fica completa
Pois sei que na espera
Não lês com olhar antigo
Ou se estas palavras navegam
Nos portos tanto distintos
Mas se vês o que minha alma esconde
Não tenhas medo do onde
Pergunta que eu não finjo
Se percebes onde elas dobram
Se enxergas onde moram
Responde o meu grito
Perdoa no íntimo
Ama o que é extinto