sexta-feira, novembro 24, 2006

Viajando na net

Aqui ao lado, na opçao "Visite outros espaços", vcs podem encontrar dois links para minhas paginas pessoais.
Em Maíra sim...porque não!!! é possivel visitar minhas ultimas fotografias.
Ja no Recanto das Letras::Perfil criei coragem para publicar um pouco mais dos meus escritos, poesias e otras cositas mas.
Espero que gostem e nao deixem de comentar, vou adorar a vossa visita ja que pessoalmente é mais dificil né?
Um beijo no coraçao.

quinta-feira, novembro 23, 2006

terça-feira, novembro 21, 2006

O importante é continuar vivo

Preciso um pouco mais para acreditar, um outro passo e chego lá. Sair da caverna de Platão exige sacrifícios. Vejo a luz, mas não o fim do túnel (ou a saída dele). A mente voa, os pés se arrastam. A mente se perde, aqui e ali. Sinto-me cansada, doente, triste. Dentro de mim tem muito mais, mas a casca por fora impede o renascer. Comodismo, preguiça, aquilo que vai além do simples reproduzir das mesmas teclas. Até onde vou, até onde me permito ir. Agora estou sem respostas, não acho as idéias, ou melhor, acho todas e não aquela. Tenho tantos focos, tantos caminhos, e todos são tão coloridos. Não sei por onde pisar. Agora, piso em ovos. O corpo estático, inerte. Penso, muito, demais. Canso, paro, penso novamente. Faço perguntas, perco o sono. Tento ir além. Respiro, choro, me desespero. Levanto a cabeça, tomo café, trabalho. Leio, tantas coisas, poucas coisas. O tempo não ajuda. Não o tempo que tenho mas o tempo que administro. Esse vai mal. Os livros, novamente eles. Nas estantes, nas pastas, na cabeça. E não entram, a concentração não vem. Leio, releio e eles escorrem, como areia fina pelas mãos. Pouco ou nada fica. Leio com atenção, paixão, devoção e eles não me retribuem. Linhas, umas embaixo das outras, entre um respiro e outro vou me perdendo, navego, divago sobre o futuro, daquilo que poderia ser, faço conexões... e a leitura? Tenho que reler. E assim vou me perdendo, com o tempo, com a ausência, com o que ainda não tem e que não vejo a estrada. Escrevo, muito, sobre o que não importa. Nasci pra que? Para sonhar, meditar sobre o vácuo, sobre a ausência de tudo. Caminho, o importante é não ser atropelado, olhar para os dois lados, chegar são e salvo.

sábado, novembro 11, 2006

Na Torre de Babel

Para conviver melhor existe sempre um pouco mais a fazer. Se voce consegue perceber que as proprias atitudes geram desconforto em um determinado grupo é ja um grande passo que pode levar a contornar a situaçao. Talvez se fossemos mais sinceros, mais diretos, menos metaforicos, as ambiguidades diminuirao e a interaçao com os outros pode evitar conflitos. Estou praticando a fala, me abro, explico como me sinto e tento mostrar o outro lado da moeda. A opiniao dos outros em relaçao à mim ainda pesa muito no meu modo de viver a vida. Somos seres sociais e ser "aceito" pela comunidade é sempre reconfortante, quente, familiar, acolhente. Quando sentimos o frio do julgamento precose, quando as criticas (muitos pouco construtivas) sao feitas pelas costas, isso ainda doi muito em mim, me afeta. Situaçoes de viver nos lugares onde as culturas tao diferentes se encontram, fica ainda mais evidente o quanto a comunicaçao clara, se faz necessaria. E mais do que isso, falar a quem queremos que chegue a mensagem, e nao em comentarios genéricos como se o problema fosse do grupo. Se algo nos incomoda, por que o medo de falar diretamente a quem esta envolvido na questao? Tendemos a amenizar nossas consideraçoes mais duras através dos mensagens "diluidas" no contexto do grupo. Eh mais facil, menos comprometedor. Viver aqui nesta residencia universitaria, nesta Torre de Babel, tem sido uma tarefa diaria na tentativa de uma comunicaçao sem ruidos, mas confesso que o caminho de pedras estah sendo muito dificil. Enquanto isso, vou tentando minimizar os reflexos no meu cotidiano. Bom domingo!

sexta-feira, novembro 10, 2006

Na tentativa de acreditar

“Quem vive de passado é museu”, já diria o ditado popular. Mas e quando nossa experiencia é viver a melancolia do que foi? Entende-se melancolia pelo recordar o passado como se aquele fosse melhor do que esta “in actu”, do que o presente, quase uma tentativa (in)consciente de revive-lo. Na melancolia vive-se a perspectiva do ontem, do que já foi. Se nossa experiencia e campo de visão passa a ser de olhar para trás, nos priva de olharmos os próprios passos e muito menos trabalharmos na projetação do que esta a vir. Com isso não comungamos do equilíbrio que deveria constituir nossa atuação social provocando um enjaular-se na própria realidade. Compartilhamos as situações mortas, já vividas, nos impedem e nos ocupam enquanto espaço humano, de vivermos intensamente a nossa atualidade, a nossa possibilidade de criarmos um presente comum, de partilhamos acontecimentos.
Fechar ciclos e recomeçarmos comporta sempre um emprego de energias e determinação muito grande. Focalizar o que se quer construir sem lançar o olhar muito mais adiante que nos impeça de avaliar as consequências dos próximos passos. Buscar o já citado equilíbrio para vivermos uma experiencia rica e enriquecedora aos outros. Saudades sim, melancolia não. Tudo o que passou não volta, e querer uma “Fénix” das percepções de outrora nada mais é que desviar energias para um canal que mais ali à frente já está bloqueado. Ter memória emocional não significa preterir o que está “in actu”, pelo que um dia, em outras circunstâncias, nos completou. Precisamos lembrar que quem viveu o que foi já não é mais o que somos.
Um passo de cada vez eu chego lá. Bom final de semana!

terça-feira, novembro 07, 2006

Dores

Muitas... nasci em um corpo doente. Tenho qualquer coisa, tudo. Se começo pelos pés, bom, não, melhor começar mais para cima. Pernas, problemas de circulação, retenção de líquidos, micro-varizes e agora, com o efeito sanfona, estrias aqui e ali. Subindo, estômago, hérnia, úlcera, gastrite, refluxo.....aiiiiiiii. E a coluna? Essa coitada, nasceu de um jeito. Desvio de vértebras, lordose e quanta dor, minha santa! Que acentuam com a TPM e as coisinhas do ciclo :)
Bom, quem não me conhece pessoalmente deve estar enxergando uma senhora de 70 né? E o pior de é que só tenho 26!!! Meu Deus, quando páro pra pensar entro em parafuso. E não é que eu me entupa de remédio, pelo contrário, não tomo quase nada com a desculpa do estômago. Esqueci do nervo ciático, como pude esquecer dele se ele não me deixa 2 dias sem notar sua presença?!
Terapia virtual: fale das suas dores para ver se elas passam... não tá funcionando! Aiutoooo

sexta-feira, novembro 03, 2006

Tram

Mi son ritrovata qui
Nella fermata di me stessa
Nella stazione della consapevolezza
Capolinea della solitudine
Fermati tutto
Sono arrivata
Voglio scendere
25/04/2006

quinta-feira, novembro 02, 2006

Onde ficou o bom senso?

Ontem era feriado aqui na Europa, dia de todos os santos. Como a cantina universitaria fecha aos domingos e feriados, os estudantes podem se apoiar aos restaurantes conveniados com a universidade e pagar uma boa refeiçao por muito menos. Bem, parentesis a parte, o que quero falar é sobre a situaçao que encontrei no tal restaurante, mas que também se verifica em muitos locais aqui em Braga (e Portugal toda imagino). O cigarro! No Brasil, ha anos, fumar em ambientes fechados é proibido por lei. Na Italia, desde o ano passado também. Aqui em Portugal isso nao acontece. Voce pode fumar em qualquer lugar, nos cafés, restaurantes, qualquer lugar. Nao sou contra o cigarro, acho que é uma droga como outra qualquer, institucionalizada, como a bebida, mas o direito do outro em fumar chega até onde chegam os meus pulmoes. A situaçao era a seguinte. Chego ao restaurante, para COMER, e percebo que esta lotado ja antes de entrar. Motivo: jogo de futebol nos teloes. Até ai, beleza! Adoro futebol, nada melhor que comer olhando um joguinho. Logo que abri a porta do restaurante, o ar me faltou aos pulmoes. Uma fumaça branca pairava no ar, por ser mais leve, na altura do nariz, era impossivel respirar ar puro! Tive que encarar pois sabia que outro lugar melhor nao encontraria. Procurei um lugarzinho para sentar (e confesso que nao foi tarefa facil). Quando achei, em uma mesa coletiva onde outras pessoas ja estavam, o senhor ao meu lado estava terminando o seu cigarro. Ufa, pensei, que sorte! Comecei a comer, o jogo foi para o intervalo, algumas pessoas foram embora. E eu continuei por ali com a minha jantinha. O senhor do cigarro saiu e uma familia chegou e acomodou-se a minha frente. Foram ao balcao antes, pegaram seus cafés e o que mais? Uma carteira de cigarros. A primeira coisa que me passou foi: eles estao vendo que estou comendo e nao vao acender o cigarro né? Errada! A carteira mal pulou na mesa e ja foi assaltada. A comida começou a entrar tao atravessada que larguei tudo ali. Levantei indignada, e fui tomar meu café ao balcao. E quem me dera tivesse sido tao prazeiroso como nos outros dias de pouco movimento. Engoli também o café e sai dali o mais rapido possivel porque a minha reserva de oxigenio nos pulmoes estava quase esgotando. Fazendo uma reflexao com mais calma hoje, percebo que é uma grande injustiça esta do cigarro. E quem é alérgico, ou sofre de asma? Nunca vai poder sair para comer fora? E o meu direito de comer podendo respirar oxigenio puro ao inves de nicotina e todas as outras porcarias? Nao quero ser falsa moralista, eu também fumo de vez em quando, mas jamais fumaria perto de alguém que estivesse comendo, ou que pudesse incomodar outras pessoas. E o bom senso? Onde mora por aqui?