quarta-feira, dezembro 20, 2006

Entao acabou?

Longe, fui pra longe e voltei. Continuo longe porém.
Meu corpo passeou nos ares. Minha mente em varios lugares.
E o coraçao ficou, "batendo, parado, naquela estaçao".
E o porto onde aportei nao tem maresia. E a mente voltou vazia.
De choque, de saudade, de necessidade, de tristeza, de paisagem.
Montanhas na alma. Neve na cara. Sol na estrada.
O ano voou. E piso em novas paragens. Assim meio sem graça.
Procuro encontrar o balanço, infantil e suave.
De madeira colorida, de corrente escorregadia.
Através das vidraças, vejo bolhas de sabao, que levam dentro os sonhos.
De inverno, primavera, outono ou verao.


Um beijo e o desejo que nas confraternizaçoes deste final de ano todos possam encontrar na alma o verdadeiro sentido da palavra AMOR.
Amo todos voces, obrigada pela companhia!

sexta-feira, novembro 24, 2006

Viajando na net

Aqui ao lado, na opçao "Visite outros espaços", vcs podem encontrar dois links para minhas paginas pessoais.
Em Maíra sim...porque não!!! é possivel visitar minhas ultimas fotografias.
Ja no Recanto das Letras::Perfil criei coragem para publicar um pouco mais dos meus escritos, poesias e otras cositas mas.
Espero que gostem e nao deixem de comentar, vou adorar a vossa visita ja que pessoalmente é mais dificil né?
Um beijo no coraçao.

quinta-feira, novembro 23, 2006

terça-feira, novembro 21, 2006

O importante é continuar vivo

Preciso um pouco mais para acreditar, um outro passo e chego lá. Sair da caverna de Platão exige sacrifícios. Vejo a luz, mas não o fim do túnel (ou a saída dele). A mente voa, os pés se arrastam. A mente se perde, aqui e ali. Sinto-me cansada, doente, triste. Dentro de mim tem muito mais, mas a casca por fora impede o renascer. Comodismo, preguiça, aquilo que vai além do simples reproduzir das mesmas teclas. Até onde vou, até onde me permito ir. Agora estou sem respostas, não acho as idéias, ou melhor, acho todas e não aquela. Tenho tantos focos, tantos caminhos, e todos são tão coloridos. Não sei por onde pisar. Agora, piso em ovos. O corpo estático, inerte. Penso, muito, demais. Canso, paro, penso novamente. Faço perguntas, perco o sono. Tento ir além. Respiro, choro, me desespero. Levanto a cabeça, tomo café, trabalho. Leio, tantas coisas, poucas coisas. O tempo não ajuda. Não o tempo que tenho mas o tempo que administro. Esse vai mal. Os livros, novamente eles. Nas estantes, nas pastas, na cabeça. E não entram, a concentração não vem. Leio, releio e eles escorrem, como areia fina pelas mãos. Pouco ou nada fica. Leio com atenção, paixão, devoção e eles não me retribuem. Linhas, umas embaixo das outras, entre um respiro e outro vou me perdendo, navego, divago sobre o futuro, daquilo que poderia ser, faço conexões... e a leitura? Tenho que reler. E assim vou me perdendo, com o tempo, com a ausência, com o que ainda não tem e que não vejo a estrada. Escrevo, muito, sobre o que não importa. Nasci pra que? Para sonhar, meditar sobre o vácuo, sobre a ausência de tudo. Caminho, o importante é não ser atropelado, olhar para os dois lados, chegar são e salvo.

sábado, novembro 11, 2006

Na Torre de Babel

Para conviver melhor existe sempre um pouco mais a fazer. Se voce consegue perceber que as proprias atitudes geram desconforto em um determinado grupo é ja um grande passo que pode levar a contornar a situaçao. Talvez se fossemos mais sinceros, mais diretos, menos metaforicos, as ambiguidades diminuirao e a interaçao com os outros pode evitar conflitos. Estou praticando a fala, me abro, explico como me sinto e tento mostrar o outro lado da moeda. A opiniao dos outros em relaçao à mim ainda pesa muito no meu modo de viver a vida. Somos seres sociais e ser "aceito" pela comunidade é sempre reconfortante, quente, familiar, acolhente. Quando sentimos o frio do julgamento precose, quando as criticas (muitos pouco construtivas) sao feitas pelas costas, isso ainda doi muito em mim, me afeta. Situaçoes de viver nos lugares onde as culturas tao diferentes se encontram, fica ainda mais evidente o quanto a comunicaçao clara, se faz necessaria. E mais do que isso, falar a quem queremos que chegue a mensagem, e nao em comentarios genéricos como se o problema fosse do grupo. Se algo nos incomoda, por que o medo de falar diretamente a quem esta envolvido na questao? Tendemos a amenizar nossas consideraçoes mais duras através dos mensagens "diluidas" no contexto do grupo. Eh mais facil, menos comprometedor. Viver aqui nesta residencia universitaria, nesta Torre de Babel, tem sido uma tarefa diaria na tentativa de uma comunicaçao sem ruidos, mas confesso que o caminho de pedras estah sendo muito dificil. Enquanto isso, vou tentando minimizar os reflexos no meu cotidiano. Bom domingo!

sexta-feira, novembro 10, 2006

Na tentativa de acreditar

“Quem vive de passado é museu”, já diria o ditado popular. Mas e quando nossa experiencia é viver a melancolia do que foi? Entende-se melancolia pelo recordar o passado como se aquele fosse melhor do que esta “in actu”, do que o presente, quase uma tentativa (in)consciente de revive-lo. Na melancolia vive-se a perspectiva do ontem, do que já foi. Se nossa experiencia e campo de visão passa a ser de olhar para trás, nos priva de olharmos os próprios passos e muito menos trabalharmos na projetação do que esta a vir. Com isso não comungamos do equilíbrio que deveria constituir nossa atuação social provocando um enjaular-se na própria realidade. Compartilhamos as situações mortas, já vividas, nos impedem e nos ocupam enquanto espaço humano, de vivermos intensamente a nossa atualidade, a nossa possibilidade de criarmos um presente comum, de partilhamos acontecimentos.
Fechar ciclos e recomeçarmos comporta sempre um emprego de energias e determinação muito grande. Focalizar o que se quer construir sem lançar o olhar muito mais adiante que nos impeça de avaliar as consequências dos próximos passos. Buscar o já citado equilíbrio para vivermos uma experiencia rica e enriquecedora aos outros. Saudades sim, melancolia não. Tudo o que passou não volta, e querer uma “Fénix” das percepções de outrora nada mais é que desviar energias para um canal que mais ali à frente já está bloqueado. Ter memória emocional não significa preterir o que está “in actu”, pelo que um dia, em outras circunstâncias, nos completou. Precisamos lembrar que quem viveu o que foi já não é mais o que somos.
Um passo de cada vez eu chego lá. Bom final de semana!

terça-feira, novembro 07, 2006

Dores

Muitas... nasci em um corpo doente. Tenho qualquer coisa, tudo. Se começo pelos pés, bom, não, melhor começar mais para cima. Pernas, problemas de circulação, retenção de líquidos, micro-varizes e agora, com o efeito sanfona, estrias aqui e ali. Subindo, estômago, hérnia, úlcera, gastrite, refluxo.....aiiiiiiii. E a coluna? Essa coitada, nasceu de um jeito. Desvio de vértebras, lordose e quanta dor, minha santa! Que acentuam com a TPM e as coisinhas do ciclo :)
Bom, quem não me conhece pessoalmente deve estar enxergando uma senhora de 70 né? E o pior de é que só tenho 26!!! Meu Deus, quando páro pra pensar entro em parafuso. E não é que eu me entupa de remédio, pelo contrário, não tomo quase nada com a desculpa do estômago. Esqueci do nervo ciático, como pude esquecer dele se ele não me deixa 2 dias sem notar sua presença?!
Terapia virtual: fale das suas dores para ver se elas passam... não tá funcionando! Aiutoooo

sexta-feira, novembro 03, 2006

Tram

Mi son ritrovata qui
Nella fermata di me stessa
Nella stazione della consapevolezza
Capolinea della solitudine
Fermati tutto
Sono arrivata
Voglio scendere
25/04/2006

quinta-feira, novembro 02, 2006

Onde ficou o bom senso?

Ontem era feriado aqui na Europa, dia de todos os santos. Como a cantina universitaria fecha aos domingos e feriados, os estudantes podem se apoiar aos restaurantes conveniados com a universidade e pagar uma boa refeiçao por muito menos. Bem, parentesis a parte, o que quero falar é sobre a situaçao que encontrei no tal restaurante, mas que também se verifica em muitos locais aqui em Braga (e Portugal toda imagino). O cigarro! No Brasil, ha anos, fumar em ambientes fechados é proibido por lei. Na Italia, desde o ano passado também. Aqui em Portugal isso nao acontece. Voce pode fumar em qualquer lugar, nos cafés, restaurantes, qualquer lugar. Nao sou contra o cigarro, acho que é uma droga como outra qualquer, institucionalizada, como a bebida, mas o direito do outro em fumar chega até onde chegam os meus pulmoes. A situaçao era a seguinte. Chego ao restaurante, para COMER, e percebo que esta lotado ja antes de entrar. Motivo: jogo de futebol nos teloes. Até ai, beleza! Adoro futebol, nada melhor que comer olhando um joguinho. Logo que abri a porta do restaurante, o ar me faltou aos pulmoes. Uma fumaça branca pairava no ar, por ser mais leve, na altura do nariz, era impossivel respirar ar puro! Tive que encarar pois sabia que outro lugar melhor nao encontraria. Procurei um lugarzinho para sentar (e confesso que nao foi tarefa facil). Quando achei, em uma mesa coletiva onde outras pessoas ja estavam, o senhor ao meu lado estava terminando o seu cigarro. Ufa, pensei, que sorte! Comecei a comer, o jogo foi para o intervalo, algumas pessoas foram embora. E eu continuei por ali com a minha jantinha. O senhor do cigarro saiu e uma familia chegou e acomodou-se a minha frente. Foram ao balcao antes, pegaram seus cafés e o que mais? Uma carteira de cigarros. A primeira coisa que me passou foi: eles estao vendo que estou comendo e nao vao acender o cigarro né? Errada! A carteira mal pulou na mesa e ja foi assaltada. A comida começou a entrar tao atravessada que larguei tudo ali. Levantei indignada, e fui tomar meu café ao balcao. E quem me dera tivesse sido tao prazeiroso como nos outros dias de pouco movimento. Engoli também o café e sai dali o mais rapido possivel porque a minha reserva de oxigenio nos pulmoes estava quase esgotando. Fazendo uma reflexao com mais calma hoje, percebo que é uma grande injustiça esta do cigarro. E quem é alérgico, ou sofre de asma? Nunca vai poder sair para comer fora? E o meu direito de comer podendo respirar oxigenio puro ao inves de nicotina e todas as outras porcarias? Nao quero ser falsa moralista, eu também fumo de vez em quando, mas jamais fumaria perto de alguém que estivesse comendo, ou que pudesse incomodar outras pessoas. E o bom senso? Onde mora por aqui?

segunda-feira, outubro 30, 2006

Ganhar e perder II

Comentario na imprensa portuguesa sobre a reeleiçao de Lula e a diminuiçao dos votos que Geraldo Alckmin teve no segundo turno em relaçao ao primeiro:
"Nao foi uma vitoria de Lula e sim uma derrota de Alckmin"
Quem vai pagar a conta? Temos mais 4 anos para acompanhar. Muitos aqui estao pagando para ver, literalmente, pagando pra votar pois os brasileiros que estao em Portugal tiveram que se locomover das suas cidades até Porto ou Lisboa para votar. Mais que um dever, um direito, sim, a expectativa é nao ficar na desilusao.

Ganhar e perder

Ontem depois que voltei do estadio fiquei pensando sobre o saber perder e o saber ganhar. O Braga, time local, perdeu o jogo contra a equipe do Maritimo por 4 x 1. Quase meia-hora antes do final do jogo um grupo de torcedores do Braga, indignados com a derrota, resolveu sair mais cedo e literalmente destruiram as placas de acesso ao estadio. Se digo pra voces, para quem nao conhece, o estadio é maravilhoso, tudo novinho, bem sinalizado, um luxo. Ir aos jogos aqui, se vai com a familia, com as crianças, e olha que o jogo era à noite. Ai vejo essas pessoas, destruindo um espaço que é de todos, que é deles mesmos. Queria ver eles quebrarem os vidros da propria casa, ou amassarem seus carros. A visao de que o espaço publico nao nos diz respeito é um bom termometro de o quanto um povo tem educaçao e civilidade. Uma lastima realmente. E a midia? Trata de coisas como essa? Do reflexo e da falta de esportividade dos seus braquenses? Nada, nem uma linha! Nao seria também papel dos jornalistas colocaborar para a construçao da cidadania ou para denunciar a ausencia dela quando devido? Exagero, talvez. Mas quando vejo este tipo de açao lamentavel acontecer fica dificil nao me sentir lesada como cidada desta aldeia global.

sexta-feira, outubro 27, 2006

Algemas

Uma poesia
Os grãos de areia
Testemunho do tempo
Remoto passado

O que foi não volta
Olhar pra frente
Depois de viver
Olhando pra trás

Agora procuro saída
Cai a máscara
Respiro sem auxílio
Caminho sem correntes

14/03/2006

quinta-feira, outubro 26, 2006

Bom dia comunidade!

Tenho muita leitura pra fazer que nem sei por onde começar. Sera que toda leitura é eficaz? Acredito que nas licenciaturas, as leituras que os professores nos passam devem ser lidas e relidas todas, esperando que o professor seja bom e os artigos nao sejam defazados. Mas no mestrado vejo um monte de textos para ler, fico ansiosa, e no final das contas, sera que vai interessar para minha tese? Qual tese? Talvez os textos ajudem na familiarizaçao com textos cientificos, modos de colocar as idéias, etc. Mas também pode acontecer o contrario, criar proprio uma aversao ao metodo, aos textos. Bem, nao creio que chegara a esse ponto, entretanto nao sei se ja tenho a maturidade de pesquisa para selecionar o que é bom ou menos para assimilar e estudar.
Estamos ainda no inicio, espero evoluir com o tempo!

quarta-feira, outubro 25, 2006

Quero parar o tempo!

Como quem pára uma ampulheta.
Quero ser dona do meu próprio tempo.
Os minutos me engolem.
Em ciberespaços, em vida paralela.
A matrix é aqui no meu quarto, no meu computador.
Eu pertenço ao Google.
Grupos, mails, comunidades, amigos, vida por um fio.
Por milhoes de fios, fibras, satélites.
Eu nao tenho mais nada.
Mas tenho 3 relógios de pulso, que me acusam.
Um relógio no celular, que me acusa.
Um relógio no computador, que me acusa.
Um relógio na biblioteca, que me acusa.
Desculpa, voce nao tem mais tempo.
A internet sugou, os sites evaporaram a tua existencia.
Eu sou virtual, digital, eterna.
Meu castelo é protegido por milhoes de megabits por segundo.
Eu sou Rapunzel, careca, cercada em uma torre de alta velocidade.
Minhas relaçoes sao digitais.
Meu bate-papo nao é no bar.
Eu vivo de chat, de chatos.
Meu carteiro, meu messenger.
Meu nome é presente, sem futuro, sem passado.
Eu sou agora e nao sou mais.
Por que agora ja passou.
Eu sou passado, aquilo que corre.
Eu fui. Nao sou. Nem serei?
Bit! Bit! Eu brindo o fim da minha existencia real.
"O seu comentario é muito importante, deixe seu post após o ponto, obrigada."
Ponto

Esperando uma companheira de quarto

Desde que cheguei a Braga provo uma sensaçao interessante toda vez que abro a porta do meu quarto. Para contextualizar, vim morar em uma residencia universitaria, um conjunto de blocos que a Universidade do Minho disponibiliza aos alunos com preços muito reduzidos. Os quartos sao muito pequenos, a cozinha e banheiro sao comuns, mas a vantagem economica é grande. Bem, como fiz a solicitaçao do quarto através da internet, ja tinham me comunicado que os quartos seriam duplos. Solicitei entao que pudesse pelo menos dividir com uma colega de mestrado, evitando assim inconvenientes de horarios e ritmos diferentes de trabalho. Pedido aceito. Quando chego porém, a minha idéia era a de encontrar ja uma companheira ali instalada. Mas o que encontro é um "imenso" vazio. Logo de cara, juro que entrei em panico. Como poderemos dividir este estaço em duas??? Tudo bem, vida de estudante é assim. Nos primeiros dias, quando fui regularizar a situaçao financeira, pagar o quarto, etc, informei que estava sozinha no quarto. A senhora do depoartamento consultou sua base de dados e me disse que estava reservado para uma outra "rapariga", e que logo eu teria companhia. Esta expectativa me acompanha ja por quase 3 semanas. Toda vez que coloco a chave na porta penso: mas sera que tem alguem ali dentro? Ou ao contrario, quando estou no quarto e batem a porta, penso: ai meu Deus? Sera que é ela?
Tenho que dizer que a sensaçao é ligeiramente angustiante. Por um lado, um pouco de companhia sempre cai bem, alem do mais se for do mestrado, poder trocar uma idéia e tal. Mas por outro, e se ronca, e se é chata, e se é daquelas que deixa tudo pelo chao, e se for lésbica (nao por discriminaçao mas pelo simples fato que girar nua pelo quarto nao vai rolar né, até por respeito à colega)... e milhoes de outras coisas. Talvez seja tudo um pouco de ansiedade pré-companheira, mas que o negocio tà ficando bizarro, isso tà!!!

segunda-feira, outubro 23, 2006

domingo, outubro 22, 2006

Hoje é o meu aniversario???

Ontem fui assistir uns curtas em um festival que teve aqui em Braga. Uns colegas do mestrado tinham produzido um e me convidaram para ir pra la. Quanto terminou a sessao, meia-noite e tantas, todos começaram a me desejar feliz aniversario.
Mas era como se as felicitaçoes fossem indevidas. Pode parecer estranho, mas eu nao me sinto fazendo aniversario. Com tanta correria para me mudar pra ca, aulas, adptaçao, nao tive tempo de metabolizar e refletir o que o completar de mais um ano de vida significa.
Quando eramos crianças, aniversario durava o ano todo. Pensavamos ja quais seriam os possiveis presentes que pediriamos, e dias antes da festa era aquela agitaçao! Os anos vao passando e querer passar com a familia ja nao é fundamental, queremos é sair com os amigos.
E depois, vira uma data qualquer, o nao comemorar. Nao me sinto triste por isso, simplesmente nao me importa mais. Diriam alguns que por um lado é bom, nao sofre de crise de idade, ou essas coisas de quando se esta envelhecendo. Sei tambem que o fato de passa-lo em branco nao é exclusividade minha.
Ja recebi alguns telefonemas, mensagens, e isso por enquanto basta para me sentir querida, felicitada. O importante é o que deixamos de bom no coraçao dos outros, e a festa? A festa é a realizaçao dentro de cada um de nos!

me




quinta-feira, outubro 19, 2006

Me chama

"Chove lá fora e aqui faz tanto frio
Me dá vontade de saber
Aonde está você me telefona
Me chama me chama me chama
Nem sempre se vê
lágrimas no escuro
Lágrima no escuro, lágrima

Tá tudo cinza sem
você tá tão vazio
E a noite fica sem porque
Aonde está você me telefona
Me chama me chama me chama
Nem sempre se vê mágica no absurdo
Mágica no absurdo, mágica
Cadê você"
Pagine

Nella biblioteca della vita
mi perdo tra gli scaffali
nella ricerca di me stessa.


26/04/2006

quarta-feira, outubro 18, 2006

Os caminhos do "odio"
Outro dia, na aula de mestrado, falavamos sobre aquilo que é diferente e como conviver com as diferenças. Um fenomeno que ocorre na Europa, mas que na América, em particular modo no Brasil onde ja nao surte tanto efeito, as diferenças raciais ainda causam admiraçao, espanto, fobias.
Em relaçao as diferentes raças, a grande imigraçao africana para a Europa é um fator mais recente. O que no Brasil fez parte da colonizaçao, com os escravos, aqui, até meio seculo atras, ainda era novidade, quase uma atraçao circense, poder encontrar um africano na cidade.
Partindo disto, a discussao girou em torno à colonizaçao, imposiçao dos regimes e, os modos como dialogar com a diversidade. De um lado, a tolerancia, tolerar o que é diferente, em um posicionamento de superioridade, de afirmar que a minha posiçao é mais privilegiada, sendo assim, te tolero. E do outro, pela força, pelo dominio e imposiçao daquilo que para mim é a verdade. Neste ultimo caso, a questao religiosa é a de maior relevancia. Eu imponho o que é certo, pela força, e todo o resto nao tem valor, é heresia.
Analisando estes dois pontos, o tolerar e o impor, me pergunto quais seriam os caminhos da paz? Conviver com a diversidade sem que eu tenha que tolerar ou impor o meu ponto de vista, a minha religiao, a minha raça. Que soluçoes existem? Como podemos dialogar sem correr o risco de alimentar as fobias, os guetos, a discriminaçao?
Nos 3 ultimos anos, acompanhando a imprensa italiana, as manchetes policiais dos principais diarios locais contribuiam cada vez mais em alimentar o preconceito, a discriminaçao, a afirmaçao dos estereotipos. "Marroquinos assaltam padaria"; "Albaneses presos por roubo de bicicletas"; "Extra-comunitarios roubam banco", e assim por diante. Em 1922, Walter Lippmann, com seu trabalho, Public Opinion, definiu que o "stereo type", é um modelo demasiadamente simplificado que nos ajuda a dar um sentido ao atual mundo caotico. Os estereotipos, segundo Lippmann, sao a ferramenta que nos "auxiliam" a satisfazer nossas necessidades e a defender nossos preconceitos.
Estas sao questoes que nos fazem refletir em como os média atualmente pouco contribuem para promover processos de aceitaçao social e de desenvolvimento de uma mentalidade de paz, de convivencia saudavel e racional entre os povos. Fica o recado!

terça-feira, outubro 17, 2006

E quando a vida nos da' uma rasteira?
E quando a luz no fim do tunel é um trem e te atropela?
E quando o cha' queima a lingua e nao nos deixa sentir o gosto do bolo de chocolate?
E quando temos tudo o que os outros querem e nao temos aquilo que queremos?
E quando o no' na garganta é tao real que a voz falha?
E quando fazemos perguntas que sabemos nao existem respostas obvias ou faceis?
Por que as fazemos?
Alias, por que fazemos tantas perguntas?
E por que buscamos a felicidade sem saber exatamente o que ela significa?
E o amor?
E o sucesso?
Por que defendemos duramente a nossa vaga no estacionamente e com muito menos intensidade as nossas idéias?
E por que raios escolhemos exatamente o que nao tem mais no menu?
O sapato mais caro?
O relacionamento mais impossivel?
Este é um post sem respostas.

segunda-feira, outubro 16, 2006

Vi no blog no Claudio (http://prascabecas.blogspot.com/) mas nao deu pra nao copiar e publicar aqui também. Para refletir, "O que você quer que Deus faça com você". Uma criança escreveu:



Vazio

Sentada aqui
Vazia de chegada
Ninguém na espera
Nenhuma parada

Luzes ao longe
Como olhos cintilantes
Trazem o comboio
Ponteiros angustiantes

O olhar cresce, ofusca
Meu bater cala
Fragmentar ensurdecedor
Da ausênsia que desembarca

11/05/2006

domingo, outubro 15, 2006

Domingo meio assim!
Repensando sobre o que fazer com o tempo, me deparei com uma situaçao ao quanto inusitada. Dividir o tempo, o dia, como otimizar os preciosos minutos que temos? Navegando no Google, atualizando grupos, mails e calendario, percebi que o tempo voa. Estou dedicando o meu tempo ao imperio da internet, ao Google em particular modo. O Senhor Cinza das nossas vidas. Enquanto minha roupa lava e seca lah em baixo, na lavanderia coletiva que temos aqui na residencia, eu fico aqui em cima, depositando na poupança geral do tempo, um patrimonio que me escorre pelas maos sem que eu me de conta. Girando a ampulheta e hipnotizada por ela. Ver fisicamente o tempo escorrer e ficar ali a olhar. Coisa de doido, mas o tempo vicia, e a ausencia dele mais ainda. Meu segundo domingo em Braga vem marcado por estas elocubraçoes mentais, de que o tempo nos subtrai o tempo, que a ampulheta que nos absorve, dia apos dia, nao suporta mais os compromissos que gostariamos de inserir nela, e os livros, preciosos companheiros em noites e domingos meio assim, gritam empoeirados por maos que os acariciem. Estou chegando...

sábado, outubro 14, 2006

E as aulas partiram!
O mestrado finalmente começou, em uma sexta-feira 13, mas todos disseram que é boa coisa. As aulas que deveriam começar lentas, aos poucos, acabaram tomando corpo e muitos acabaram tomando um susto. Normal, creio. Eu que estou ha 3 anos longe dos bancos escolares posso dizer que meu cerebro teve um pouco de dificuldades para captar o discurso. Tempo! Muito tempo!

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E hoje fui ver o mar!
Divino, imenso, imponente, magico, sublime, envolvente, visceral...
Me senti como se estivesse voltando no tempo, no espaço, como se meu corpo tivesse se materializado nos lugares da minha infancia, no cheiro da maresia, no inconsciente do meu coraçao, vivencias, sentidos. Ele estava ali, na minha frente e sorria. E eu respondia! Voltei a ser menina, joguei na areia com pés de mulher, com outro corpo agora, mas provando as mesmas sensaçoes infantis. Hoje, o mar, me fez feliz!

quinta-feira, outubro 12, 2006

Como se faz para explicar as geraçoes nao-interneticas, como usar as novas tecnologias? Qual linguagem utilizar? Comparar a que? Por onde começar? Que start inicia o computador e on quer dizer ligado? Tudo bem, basta um pouco de ingles, certo? Errado! Porque mesmo sabendo o basico de ingles o problema também é o relacionamento fisico com as novas tecnologias. Como usar o mouse? E aquele do portatil? E o teclado mais sensivel? Realmente posso me declarar uma falida no processo de educaçao para a utilizaçao dos novos meios tecnologicos de comunicaçao e escrita. Vamos ilustrar...

Como ja nao é mais novidade, ha pouco tempo me transferi para Portugal. Depois de 3 anos na minha querida Trento, passei no mestrado e vim. Neste meio tempo, minha mae que estava no Brasil durante a minha permanencia na Italia, resolveu se mudar para Trento. Triste coincidencia, chegou 10 dias antes de eu vir para ca. Bem, ja no Brasil nao teve jeito de ensinar a distancia as coisinhas tipo messenger e skype, até porque ela nao tinha computador la. Aprendeu a usar e-mail na marra porque suas amigas fizeram de ponte. Ok!
Quando chegou em Trento, veio com computador e ai a minha felicidade foi total. Agora com pc poderemos nos comunicar tranquilamente por skype sem gastar grana. Eu tenho a net gratis pela universidade e ela, também gratis, pelo comune di Trento. Perfeito!? Negativo!
Nos poucos dias que fiquei em Trento comprei para ela um monte de coisas para acessoriar o seu novo pc: bolsa, mouse, fone com microfone, webcam... bem, o negocio é que a "aula de computaçao" teve que ser intensiva e acredito nao ser facil pegar tudo tendo que explicar somente uma vez.
Estou muito decepcionada, ela nao consegue entrar na net, nao conseguimos conversar, e os custos ja se fizeram notar. Meus creditos de celular estao acabando e eu ainda nao consegui encontra-la online. Resposta: Esse negocio aqui nao funciona Maira!!!
Ai! Existe algum santo internetico que eu possa recomendar?

quarta-feira, outubro 11, 2006

O que fazer com o tempo que nos avança?
Probleminha básico que tenho enfrentado nestes 7 dias que estou aqui.
Não tenho bolsa de estudos e estou tendo que garimpar emprego. Poderia aproveitar este tempo para ficar no ócio por um tempo, me dedicar aos estudos, etc, mas literalmente não consigo, parece que estou cometendo um crime. Começo a pensar nas minhas reservas de grana que vão se diluir e que o fim do mundo vai chegar e eu não vou poder sair daqui... uma neurótica? Seria a conclusão mais razoável, mas o que percebo é que o corpo da gente, a cabeça e tal, adquire um ritmo e para desacelerar não é imediato. Poderia aproveitar para dormir um pouco mais, ler e girar a cidade. Até fiz isso, mas em tempo record! Tipo, cheguei dia 4 out, já no mesmo dia fiz matrícula, arrumei todas as coisas no quarto, li todos os painéis espalhados pelo campus e residência, procurei a amiga da minha mãe, fiz quase tudo! No dia seguinte, feriado nacional aqui em Portugal, me desesperei! Não sabia o que fazer. Chorei como uma desesperada, com tanto tempo e não sem opção. Tinha tanto para ler, ou sair e girar o bairro, ou tentar novos contatos. Nada, bloqueada! Na sexta, dia 6 out, estava marcado o início das aulas. Fui para a Universidade com o primeiro ônibus! Cheguei lá estava tudo fechado, as coisas começavam a funcionar a partir das 9! Bom, rodei, girei, perdida naquele campus até descobrir que o bloco da Comunicação não era mais aquele indicado nas placas, foi construido um prédio novo que quase ninguém sabia onde era! Ufaaa, para que facilitar se podemos complicar, não? A notícia boa era que às 9:15 da manhã cheguei ao destino final. A ruim? A reunião era somente às 15:00! O quê fazer? Me mostraram os computadores da biblioteca e pela primeira vez consegui acessar mails e afins desde que cheguei. Coloquei as coisas em dia e o tempo voou! Atenção: a biblioteca fecha ao meio-dia! Ótimo! Fui explorar onde era a cantina universitária, ponto que marcarei certamente presença devido ao baixo custo da alimentação. Sei lá, estou contando todas essas coisas mas talvez vocês não queiram nem saber né?
A resposta para a pergunta lá de cima ainda não achei. Hoje já me sinto um pouco mais forte um pouco, mas o tempo? Ainda não sei administrar bem. Exercícios diários de paciência, reflexão e tentativa de me reencontrar no silêncio barulhento do meu coração.
Saudades de vocês! Todos!

terça-feira, outubro 10, 2006

Bem-vindos ao Notícia Portugal!

Notizia Italia ficará temporariamente suspenso e se abre um novo capítulo. De Braga, Portugal, passo a escrever as novidades desta nova etapa. Como mestranda na Universidade do Minho, cidade de Braga, no norte de Portugal, vida nova, tudo novo, e com isso, blog novo também.
Espero que vocês continuem acompanhando aqui as novidades, troca de idéias e possam continuar comentando. Aqui, mais do que antes, conto com a visita de todos para me fazer companhia nesta nova terra.
Cheguei por aqui dia 4 de out e minhas aulas ainda devem iniciar. Aliás, será numa sexta-feira 13, o dia marcado para o tão esperado começo. Espero seja uma boa coisa :S
Estou morando em Residência Universitária, Sta Tecla, e aos poucos vou me adaptando as mudanças. Devo admitir que não tem sido fácil, muitos choros e saudades.
Conto com a companhia de vcs!
Um beijo no coração.