Qual nome hei de dar ao aperto que me faz chorar?
Saudade?
Vazio?
Solidão?
Tristeza?
Ou simplesmente vontade de transbordar por ser muito pequena?
Menor de mim, em mim, o peito aperta.
E espreme isso, estas lágrimas emancipadas.
Adotadas.
Estas lágrimas ultrapassadas.
Cresço, olho pra frente.
Caio, olho pro lado.
E os olhos que antes velavam, hoje, velejam.
E as lágrimas antes guardadas, hoje, revelam...
... o que em mim ficou
o que em mim passou
o que em mim morreu.
E neste peito apertado,
sinto-me sumir, partir, perder
sem entender
que às vezes
é melhor esquecer.
1 comentário:
Esse natural talento para as artes deixa no ar o tanto de verdade e de ficcao que teus textos tem. Tuas estrofes me comoveram profundamente. Muito profundo. Espero que voce esteja bem nas terras bacalhoeiras. Estou com saudades das suas macaquices e gargalhadas! :) Te cuida!
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