Fora: toca a Aura.
Dentro: toca o vento.
No mundo: toca o bumbo.
Na mente: insônia latente.
Nos olhos: visão presente.
No corpo: tudo dormente.
Aqui, por um fio, por dezenas de teclas, viajo sozinha, penso no tempo que multiplica-se em madrugadas iluminadas. Penso na cama vazia, na cabeça cheia, no coração acelerado, na espera angustiada.
Olho para o passado em pixel, frantumado, acabado, tal vezes não resolvido. Para mim, para as minhas expectativas alpinas. Alcançar além das vistas, chegar onde nada existe ainda.
E corro atrás da meta brincalhona. Vamos neste esconde-esconde arrepiante e cheio de lacerações na alma. Feridas de experiência. Dores de ausência de afeto, de ausência de sono, de ausência de calor na cama, de chama que teima em não apagar, noites cheias de lágrimas, de dúvidas, de escuro.
Noites de amanhacer acompanhado, de sol que nasce velho.
3 comentários:
Filosofia do prosecco:
1) Se nada existe ainda e as coisas não surgem do nada, são as tuas ações que vão fazer do nada alguma coisa e é a tua determinação que vai iterativamente tornar o alguma coisa em algo mais...
2) Lembre-se: mesmo quando a gente não sai do lugar mas se mexe um pouco (gira, move a cabeça, ...), a paisagem eh outra e é só você quem decide para onde olhar e como interpreta o que vê, no lugar onde está. Outro ponto: olhar para dentro ou para fora (ou mesmo ver o avesso das coisas) faz muita diferença. Saindo do lugar, as afirmações estáticas ainda são válidas e acrescenta-se o fato de que (com passos largos, curtos ou até mesmo arrastando-se ou voando) é possível aprender como estar na direção certa, no ritmo certo, fazendo a coisa certa...
3) Sem essa de ver o sol velho nascer todos os dias. Deixa ele falecer ao por-do-sol (a linda morte diária do sol) e nascer de novo NOVO!
Um beijo pra tu! Se cuida
ela é verde! :-)
bem, vou agora pensar no meu passado tb em pixel :-D
baci
saudades amiga!
idem ibidem da ix ;-)
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