segunda-feira, janeiro 07, 2008

Angústia

angústia
[Do lat. angustia.]
Substantivo feminino.

1.
Estreiteza, limite de espaço ou de tempo.
2.
Ansiedade ou aflição intensa; ânsia, agonia.
3.
P. ext. Sofrimento, tribulação:
A triste revelação acarretou o agravamento de suas angústias.

4.
Hist. Filos. Segundo Kierkegaard (v. kierkegaardiano), determinação que revela a condição espiritual do homem, caso se manifeste psicologicamente de maneira ambígua e o desperte para a possibilidade de ser livre.
5.
Hist. Filos. Segundo Heidegger (v. heideggeriano), disposição afetiva pela qual se revela ao homem o nada absoluto sobre o qual se configura a existência (q. v.). [Cf. angustia, do v. angustiar.]



Cenas de aeroporto são sempre ricas em adrenalina. Partidas ou chegadas são sempre experiências memoráveis que marcam profundamente o viajante, ocasional ou não. Mas acho que o sentimento de angústia é o que mais se sobressai sobre os demais. Se deixamos alguém para trás, é a angústia do adeus ou do quando nos encontraremos novamente. Se somos deixados ali, a angústia se faz presente nos passos de retorno ao quotidiano preenchido pelo vazio daquele(a) que acabou de partir. Se recebemos alguém, a angústia é das portas automáticas que raramente nos mostram quem queremos ver, quando queremos! Mas para quem chega, bem, para quem chega é ainda mais sufocante este sentimento. Nos acompanha por todo o percurso. Da nossa partida, no check-in que demora, no detector de metais onde deixamos praticamente as calças (thanks Osama!), nas filas, atrasos, poltronas estreitas (sou classe média)... da decolagem...da aterrissagem!
Mas para quem viaja com uma certa frequência (ou não), é impossível não sentir maior angústia na espera maldita pela bagagem. Aquela esteira que não começa a rolar, e você ali sem saber se sua mala estará inteira, se estará... se será a primeira, ou a última, a chegar. Sim, acho que este é o momento de maior aflição, angústia, chamem como quiserem. E se você está com pressa então? Lei de Murphy com certeza! Enfim, depois que ela chega, a mala entendo, tudo ainda pode acontecer. Alfândega, controles, blá, blá, blá... e finalmente... os braços de quem amamos, admiramos, queremos bem. Ou ainda um cartazinho simpático com o nosso nome!
Aos poucos, ela vai se dissolvendo e transformando-se em uma pedaço de passado que só vale a pena tirar da bagagem quando a viagem termina.

Bom 2008 aos que me fizeram companhia nesta viagem internética. Que as vossas vidas possam ter um pouco de angústia de vez em quando para que não esqueçamos o sabor da serenidade!

1 comentário:

d.m. disse...

amiga, as coisas andam mais calmas por aqui. estou tentando trabalhar um pouco, no fresquinho.
mil beijos... e que continuemos as mesmas pessoas angustiadas :-)
baci