domingo, janeiro 27, 2008

Para ninguém



Foi quando o teu toque multiplicou meus pensamentos.
E o teu invisível partiu-me ao meio.
Estava nua de mim e quem gozava era uma outra.
Uma de quem não ouso olhar as sombras.
Quanto mais ela saía, mais você ria.
Enquanto eu transbordava em lágrimas.
A dor que nascia, os pardais jamais sentiriam.
Busquei então este vôo desconhecido.
Completamente sem sentido.
Traída pela razão mundana, a cada giro.
Mas enfim acabou, a luz acendeu, a dor sossegou.
Mas foi como ordinária, que me fizeste ouvir tuas palavras em duo.
Lavada de uma sabedoria de onde?
Quem é esta em mim?
Palavras para dois.
Inúteis!

Sem comentários: