O que hoje fica é maior, é enorme. Dá asas aos homens. Faz sonhar e sermos, momentaneamente, eternos. O instante que somos tocados, soprados pelo calor deste desassossego que alimenta, percebemos o quanto pode ser sublime o contato, mesmo sendo breve.
O que hoje marca, o que é latente, são as impressões profundas de uma alma que entende o que é a liberdade. As contradições, a luta interior, o trocar de escamas, a luz entre a casca dura que se rompe aos poucos.
Sensações, cheiros, perfumes, cores. Uma nova vida. E é neste novo corpo, agora com outros olhos, que vejo a beleza destes momentos, com a certeza de que jamais morrerão, pois deles fazem parte esta nova alma.
Vim sem saber o que iria encontrar. Saio cheia de algo que não sei explicar, mesmo tendo a sensação de que ali me esvaziei, e de que dei o que em mim encontrava-se mais profundo.
Amo e acredito, com vícios, dúvidas e alegrias. Aprendendo que a dualidade pode ser fonte de uma riqueza fora de qualquer regra. Hoje sou grata. Hoje sou eu. Hoje me despeço com um suave adeus.
2 comentários:
lindo amiga. :-)
baci
Muito bonito!
Um texto realmente belissimo!
Um beijo
Enviar um comentário